JOYCE MANSOUR
( Inglaterra )
Joyce Mansour nascida Joyce Patricia Adès, em Bowden, Inglaterra, no dia 25 de julho de 1928 e morta em Paris em 27 de agosto de 1986, foi uma poetisa egípcia de expressão francesa ligada ao Surrealismo.
TEXTES EN FRANÇAIS - TEXTOS EM PORTUGUÊS
PAES, José Paulo. Poesia erótica em tradução. Seleção e tradução José Paulo Paes. São Paulo, Círculo do Livro, sem data. 169 p. ISBN 85-332-0164-8 Ex. bibl. Antonio Miranda
CRIS
Laisse-moi t´amour
J´aime le goût de ton sang épais
Je le garde longtemps dans ma bouche sans dents
Son ardeur me brute la gorge
J´aime ta suerur
J´aime caresser tes aiselles
Ruisselantes de joie
Laisse-moi t´aimer
Laisse-moi lècher tes yeux fermés
Laisse-moi les percer avec ma langue pointue
Et remplir leur creux de ma salive
Laisse-moi t´aveugler
***
Tu veux mon ventre pour te nourrir
Tu veux mês cheveux pour te ressasier
Tu veux que je meure lentemente lentement
Que je murmure em mourant des mots d´enfant
***
Je veux montrer nue à tesyeux chantants
Je veux que tu me voies criant de plaisir
Que mês membres pliés sous um poids trop lourd
Te pousse à des actes impies
Que les cheveux lisses de ma tête oferte
S´accrochent à tes ongles courbés de fureur
Que tu te tiennes debout aveugle et croyant
Regardant de haut mon corps déplumé
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA
GRITOS
Me deixa te amar
Amo o gosto de teu sangue espesso
Por longo tempo o conservo em minha boca sem dentes
Seu ardo me incendeia a garganta
Amo o teu suor
Banhadas de alegria
Me deixa te amar
Me deixa lamber os teus olhos fechados
Me deixa furá-los com a minha língua pontuda
E lhes encher as órbitas com a minha saliva
Me deixa te cegar
***
Queres o meu ventre para te nutrires
Queres meus cabelos para te fartares
Queres meus rins meus seios minha cabeça raspada
Queres que eu morra lentamente lentamente
Que eu murmure morrendo palavras de criança
***
Quero me mostrar nua aos teus olhos cantantes
Que me vejas gritando de prazer
Que meus membros dobrados sob um excesso de peso
Te leve a atos ímpios
Que os cabelos lisos de minha cabeça oferta
Se embaracem nas tuas unha recurvas de furor
Que permaneças de pé enceguecido e crente
A contemplar lá de cima o meu corpo depenado
*
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Página publicada em maio de 2023
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